A 6 de Março de 1921, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, realiza-se a Assembleia que elege a direcção do PCP. Estava fundado o Partido Comunista Português. Nele confluem décadas de sofrimento e luta da classe operária portuguesa, as lições das grandes vitórias da classe operária internacional, os ensinamentos de Marx, Engels e Lénine. Com a fundação do PCP a classe operária portuguesa encontra a sua firme e segura vanguarda.
Não é possível falar das lutas dos trabalhadores e do combate contra o fascismo no nosso país sem fazer referência ao PCP. Durante os negros 48 anos do regime fascista de Salazar, o PCP foi o incansável resistente e esforçado procurador de consensos entre as forças e sectores democráticos da nossa sociedade, com o objectivo de unir forças para que a instauração da democracia no país fosse possível.
Após a madrugada libertadora de Abril, o PCP esteve desde a primeira hora com o povo e ao lado do MFA. Nas grandes movimentações de massas que nos primeiros meses com a sua pujança forçaram avanços históricos na melhoria das condições de vida do nosso povo, o PCP nunca vacilou no apoio e dinamização desse movimento libertador.
Nestes 37 anos de contra-revolução protagonizados pelos governos alternantes do PS, PSD e CDS, o PCP tem sido firme combatente contra estas políticas de direita que têm tornado a vida dos trabalhadores, reformados, pensionistas, micro, pequenos e médios empresários num inferno.
Para salvar o país é urgente o rompimento com este caminho de desastre. Cada vez mais sectores da nossa sociedade reconhecem que um outro rumo tem de ser seguido.
No entender do PCP esse novo rumo de salvação da nossa Pátria assenta em seis pontos fundamentais:
1-Renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento.
2-A defesa e o aumento da produção nacional, a recuperação para o Estado do sector financeiro e de outras empresas e sectores estratégicos.
3-A valorização efectiva dos salários e pensões e o explícito compromisso de reposição dos salários, rendimentos e direitos roubados, incluindo nas prestações sociais.
4-A opção por uma política orçamental de combate ao despesismo, à despesa sumptuária, baseada numa componente fiscal de aumento da tributação dos dividendos e lucros do grande capital e de alívio dos trabalhadores e das micro, pequenas e médias empresas.
5-Uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos, em particular nas funções sociais do Estado.
6-A assunção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais.
Não serão as forças e partidos que nos trouxeram até a esta situação de empobrecimento, no País e na Europa, que estarão em condições de levar por diante as políticas de esquerda e patrióticas de que o País necessita. O reforço da CDU nas próximas eleições para o Parlamento Europeu no dia 25 de Maio será um factor essencial para a necessária mudança de rumo.
Março 2014
A Comissão Concelhia da Nazaré do Partido Comunista Português