sexta-feira, 22 novembro 2024
  • Início

Saudação à luta do proletariado vidreiro

DIRECÇÃO DA ORGANIZAÇÃO REGIONAL DE LEIRIA

Saudação à luta do proletariado vidreiro e de todos os trabalhadores que participaram na Jornada heróica de 18 de Janeiro de 1934 e a todos os que hoje continuam a luta por uma vida melhor.

A Jornada heróica de 18 de Janeiro de 1934 é um momento marcante na vida do movimento operário da Marinha Grande e do país. Naquele tempo Portugal vivia sob uma terrível ditadura fascista, que o nosso povo jamais esquecerá. Uma ditadura terrorista dos monopólios (associados ao imperialismo) e dos latifundiários, que subjugou e oprimiu duramente o povo português ao longo de 48 anos.

Durante o tempo da ditadura fascista em Portugal o nosso povo viveu no mais profundo obscurantismo, vivia mergulhado numa fortíssima opressão, enrentando a repressão, onde as liberdades eram esmagadas, os trabalhadores, as mulheres e a juventude eram marginalizados da vida políticas e os seus direitos limitados. O fascismo era miséria, fome, trabalho infantil, guerra, ódio, degradantes condições de vida, de saúde e de habitação, de segregacionismo cultural, elitismo, analfabetismo, ensino reservado para uns poucos, salários de miséria, subordinação dos interesses do país e do povo aos interesses de uma minoria.

Era um tempo em que o movimento operário em Portugal passava por uma fase de grande reorganização, de reforço da sua organização, unidade e acção reivindicativa. Nesse período travaram-se importantes lutas em todo o país, pela melhoria das condições de vida e de trabalho e contra a fascização dos sindicatos. Na Greve Geral do 18 de janeiro participaram mais de 6000 trabalhadores em todo o país, mas foi na Marinha Grande que esta teve maior expressão.

O 18 de Janeiro de 1934 constituiu também um grande ensinamento para todo o movimento operário em Portugal. Os revolucionários do 18 de Janeiro foram derrotados num combate em que a heroicidade e a coragem não bastava para vencer a enorme desigualdades de forças. A reacção do governo salazarista à greve do 18 de Janeiro, e em particular na Marinha Grande, foi de grande violência e arbitrariedade.

O povo da Marinha Grande pagou com enormes sacrifícios tamanha audácia. Mais de uma centena de entre os melhores filhos do povo desta terra foram presos, torturados, exilados e alguns foram mesmo assassinados pelo execrável regime fascista. É necessário lembrar que dos 152 presos políticos que foram inaugurar o Campo de Concentração do Tarrafal – o Campo da Morte Lenta – 57 deles tinham participado no 18 de Janeiro e, destes, vários operários eram marinhenses.

Como disse Álvaro Cunhal, a “Marinha Grande é um nome escrito a ouro na história do movimento operário português. Melhor se pode dizer: escrito com lágrimas e sangue. A Marinha Grande “pode orgulhar-se de muitos combatentes de vanguarda que tem dado ao movimento operário. Pode orgulhar-se dos seus mártires e dos seus heróis”.

Apesar da feroz repressão, a influência do Partido na classe operária e no povo, o prosseguimento da acção sindical, o exemplo de firmeza, abnegação e de luta por um Portugal melhor criaram raízes profundas que perduram até hoje.

No ano em que se comemoram os 45 anos da Revolução do 25 de Abril, assume particular importância homenagear e saudar os revolucionários do 18 de Janeiro. Porque comemorar o 18 de Janeiro é lembrar que o fascismo existiu e que houve quem resistisse nas mais dificeis condições. É combater todas as tentativas do seu branqueamento e enaltecimento pela classe dominante, é defender com todas as forças as grandes realizações da Revolução de Abril e os seus valores.

Comemorar os 85 anos do 18 de Janeiro é saudar a luta de todos os operários e trabalhadores que hoje nas suas empresas e locais de trabalho defendem os seus direitos, lutam por melhores condições de vida e de trabalho, das suas organizações de classe, os sindicatos, de todos os que lutaram contra o Governo do PSD/CDS e contribuíram para a sua derrota.

Comemorar e saudar os revolucionários do 18 de Janeiro é afirmar que hoje o tempo é de avanços, na reposição e conquista de rendimentos e direitos. É afirmar que os operários vidreiros e os trabalhadores de hoje não querem voltar para trás, querem avançar, andar para frente, construir um país melhor. É homenagear a corajosa e persistente luta dos trabalhadores e do povo português contra a política direita, pela construção da Alternativa Patriótica e de Esquerda em Portugal e de uma democracia avançada com os valores de Abril no futuro de Portugal, exaltante projecto e objectivo, etapa da luta pela construção de uma sociedade Socialista. A luta continua!

14 de Janeiro de 2019

Secretariado da DORLEI

Imprimir Email

Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, realizou jornada de contactos no Distrito de Leiria

MV Agricultores Pombal 1 MV Agricultores Pombal 2

MV Agricultores Pombal 3 MV Magusto Bombarral 1

MV Magusto Bombarral 2 MV Mercado Leiria

MV Reuniao agricultores

O Deputado do PCP no Parlamento Europeu, Miguel Viegas, participou ontem, dia 17 de Novembro numa acção de contactos no Distrito de Leiria.
 
Pela manhã o deputado do PCP visitou o Mercado Municipal de Leiria onde contactou com a população e os vendedores daquele Mercado, junto dos quais recenseou um conjunto de opiniões relativas às insuficientes condições no Mercado Municipal de Leiria, ao impacto das grandes superfícies comerciais no comércio local do Concelho e ainda as difíceis condições de escoamento dos produtos agrícolas, fruto das consequências do desinvestimento da política de direita na pequena e média agricultura e da política agrícola comum da União Europeia.
 
Durante a tarde o deputado do PCP deslocou-se ao Concelho de Pombal onde realizou um Encontro com a Comissão de Agricultores da Quinta de São Lourenço, envolvidos na recuperação de um sistema de regadio que o deputado teve a oportunidade de visitar - um exemplo da importância do movimento associativo dos pequenos agricultores na criação de melhores condições de produção. Neste encontro e visita ficaram mais uma vez patentes as dificuldades dos pequenos e médios agricultores no escoamento da sua produção e em conseguirem preços à produção justos e viáveis, factores que afastam as camadas mais jovens da actividade agrícola. A questão do desligamento dos fundos europeus da produção foi uma das questões levantadas pelos agricultores, denunciando vários casos em que os fundos da União Europeia não são canalizados para o apoio real à produção agrícola.
 
Já no final do dia do deputado do PCP deslocou-se ao Concelho do Bombarral onde participou num Magusto/Convívio organizado pela Organização Concelhia do Bombarral e em que o Deputado do PCP, que foi acompanhado nesta Jornada de Contactos por vários dirigentes do PCP no Distrito de Leiria, valorizou as conquistas alcançadas no quadro da nova fase da vida política nacional, nomeadamente no Orçamento do Estado 2019, e afirmou a necessidade do prosseguimento da luta e da acção do PCP por uma política patriótica e de esquerda como único caminho para ir mais longe na conquista de direitos e na resolução dos problemas e défices estruturais do País.
 
 
 
Marinha Grande, 18 de Novembro de 2018
 
Organização Regional de Leiria do PCP

Imprimir Email

PCP EXIGE REABERTURA DOS CTT EM ÓBIDOS

CTT-1-800x445

A Comissão Concelhia de Óbidos do Partido Comunista Português considera inaceitável a decisão do encerramento da estação dos CTT na Vila de Óbidos, tendo em conta o facto de se tratar de um serviço público essencial para os habitantes do Concelho e para os milhares de turistas nacionais e estrangeiros que por aqui passam.
Como o PCP sempre denunciou, a privatização dos CTT – obra do governo PS/Sócrates, com o apoio do PSD e do CDS – foi um crime contra a economia nacional, um atentado aos direitos das populações, uma afronta a um país de progresso.
Os CTT são uma empresa (ainda que privada) que está obrigada, por concessão do Estado, a prestar serviços de utilidade pública, designadamente no estabelecimento de ligações físicas e electrónicas entre os cidadãos, com destaque para a concretização do serviço postal universal.
Com a privatização, o Estado perdeu as receitas dos dividendos que deixou de receber e perdeu ainda receitas fiscais, agravando o défice orçamental. Mas, mais que isso, perdeu o comando do controlo estratégico de um serviço público que é um factor fundamental de desenvolvimento e qualidade de vida, de coesão territorial na ligação às regiões, tantas vezes o último serviço que restava nas povoações e o único contacto regular que tinham populações isoladas e abandonadas por sucessivos governos.
Desde o início da privatização dos CTT, foram já às centenas as estações de correios encerradas – no final de Outubro, só na nossa região, para além da estação de Óbidos, encerrou também, o Posto de Correios da Atouguia da Baleia, no Concelho de Peniche -, as centenas de marcos do correio arrancados, degradando ainda mais o funcionamento do serviço postal.
Fazendo cálculos exclusivamente quanto aos lucros da sua actividade, a administração privada que tomou conta dos CTT decidiu que os seus lucros estão acima dos direitos das populações. Esta é a razão fundamental para o encerramento da Estação dos CTT em Óbidos e de todas outras.
Não é admissível que o Governo assista impávido e sereno à destruição do serviço postal, ao abandono das populações, à destruição de instrumentos de coesão territorial e social como é o serviço de correios, tudo em nome do lucro da empresa privada que tomou conta dos CTT.
O Governo deve assumir as suas responsabilidades, travando este processo, invertendo o caminho de encerramento de estações dos CTT e de diminuição do serviço prestado às populações e assegurando o investimento no serviço público postal correspondente à sua consideração como alavanca de desenvolvimento, designadamente retomando o controlo público dos CTT.
No plano local, importa recordar que já em Março de 2015, a Comissão Concelhia de Óbidos, do PCP, denunciou a possibilidade do encerramento da estação dos CTT. Na ocasião, o actual Presidente da Câmara Municipal de Óbidos, criticou-nos e considerou despropositadas as nossas denúncias. Afinal, tínhamos razão!
A Comissão Concelhia de Óbidos, do PCP, considera que o actual governo minoritário do PS, deverá intervir com toda a urgência, neste processo:
1- Enquadrando a exigência de funcionamento das estações dos CTT no âmbito da prestação do serviço público postal;
2- Exigindo aos CTT as condições adequadas à prestação do serviço público postal de qualidade;
3- Intervindo junto dos CTT de forma a garantir a reabertura e funcionamento da estação dos CTT, na Vila de Óbidos, sem prejuízo das medidas necessárias ao controlo público da empresa para defesa do serviço público postal.
Óbidos, 17 de Novembro de 2018
A Comissão Concelhia de Óbidos do Partido Comunista Português

Imprimir Email

Alternativa Patriótica e de Esquerda

Atlantis BA VIDRO

Bordalo Pinheiro Esip

O PCP realizou ontem dia 7 de Novembro uma jornada de contactos com trabalhadores de várias empresas do distrito de Leiria com a participação de João Pimenta Lopes, deputado do PCP no Parlamento Europeu. 
 
O Deputado do PCP foi acompanhado por Filipe Rodrigues, membro do Comité Central do PCP e pelos membros do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Leiria André Martelo, José Luís de Sousa e Vítor Fernandes, entre outros dirigentes e quadros do PCP. 
 
A delegação do PCP contactou com os trabalhadores da Atlantis em Alcobaça, da Tay Union (Esip) em Peniche, da Bordalo Pinheiro nas Caldas da Rainha e da BA vidro na Marinha Grande. 
 
A deslocação a estas empresas visou esclarecer os trabalhadores sobre a acção e propostas do PCP na reposição de rendimentos e direitos e, simultaneamente, de aprofundar o conhecimento dos inúmeros problemas e injustiças que continuam a a fectar os trabalhadores destas empresas, nomeadamente a precariedade, os baixos salários, a elevada carga horária e as más condições de trabalho.
 
A deslocação do deputado do PCP, que entre outras responsabilidades é membro efectivo da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais do Parlamento Europeu, enquadra-se num conjunto de iniciativas e contactos que o PCP está a desenvolver no Distrito no âmbito da campanha nacional“PCP - Alternativa patriótica e de esquerda. Por um Portugal com futuro!” e que terá já continuidade no próximo Sábado, dia 10 de Novembro,  com a realização de uma Tribuna Pública no Mercado Municipal da Marinha Grande, pelas 09:00h, também com a participação do Deputado João Pimenta Lopes. 
 

Imprimir Email

PCP visitou zonas atingidas pela Tempestade Leslie no distrito de Leiria

Visita Tempestade Leslie 12 Visita Tempestade Leslie 17

Visita Tempestade Leslie 26 Visita Tempestade Leslie 42

Visita Tempestade Leslie 48 Visita Tempestade Leslie 52

Uma delegação do PCP, constituída por Ângelo Alves e João Frazão, membros da Comissão Política do Comité Central do PCP; Filipe Rodrigues, Membro do Comité Central e outros membros da Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP, visitaram hoje diversas explorações agrícolas e edificações nos concelhos de Pombal e Leiria, atingidas no passado dia 13 de Outubro pela Tempestade Leslie, que assolou a região Centro.
 
Com esta deslocação, o PCP pretendeu inteirar-se da situação em que ficaram as populações e em particular os agricultores vítimas de mais esta tragédia, conhecer qual a intervenção que, no terreno, já se fez sentir por parte do Governo e designadamente do Ministério da Agricultura, avaliar as medidas que são ainda necessárias e dar a conhecer a proposta que o PCP já entregou, no quadro do debate na especialidade do Orçamento do estado para 2019, que prevê um mecanismo especial de apoio para a recuperação de prejuízos e reposição do potencial produtivo perdido com esta violenta tempestade.
 
A delegação do PCP efectuou visitas a seis explorações agrícolas ligadas à produção de plantas e hortícolas em viveiro, à produção de arroz, à produção de hortícolas em estufa e ainda a um projecto que, dias antes da tempestade, estava a iniciar a produção de morango em hidroponia.
 
A imagem de devastação encontrada, três semanas após a passagem da tempestade, é reveladora da brutalidade e dos prejuízos que causou a dezenas de pequenos e médios agricultores, em culturas e equipamentos de apoio. Só nas seis explorações referidas, que empregam mais de uma centena de trabalhadores, a delegação do PCP pôde, a partir da informação dos produtores, constatar prejuízos superiores a 1 milhão e 300 mil euros.
 
Para o PCP a exigência que se coloca, tendo também em conta a experiência dos incêndios de 2017, é, para lá da assumpção de responsabilidades por parte das Seguradoras, uma resposta da parte do Governo, simultaneamente célere e simples, que tenha em conta o tipo de agricultores afectados e a dimensão das explorações.
 
Assim, o PCP propôs já na Assembleia da República: a) que os apoios até 5000€ sejam simplificados, libertando-os de complexas e burocratizadas regras, requisitos e exigências do PDR2020; b) que o Governo atribua adiantamentos necessários às vítimas que comprovadamente deles necessitem; c) que os apoios sejam também atribuídos a Cooperativas, Agrupamentos de Produtores e Associações.
 
Para lá da celeridade e simplificação dos apoios - questão central para garantir que os produtores atingidos se sintam estimulados e possam reiniciar a sua actividade o mais rápido possível -  uma das mais sentidas exigências transmitidas pelos agricultores ao PCP foi a da abertura de uma linha de crédito, com créditos de longo prazo e sem juros, para o desendividamento e para operações de tesouraria.
 
O PCP expressa a sua mais profunda solidariedade para com as vítimas de mais esta autêntica catástrofe, e reclama respostas imediatas para que seja reposto o potencial produtivo perdido e para que sejam compensados os agricultores pelos rendimentos perdidos.
 
 
 
06 de Novembro de 2018
 
Direcção da Organização Regional de Leiria do Partido Comunista Português

 

Imprimir Email

Mais artigos...