Aos trabalhadores da SPAL - É preciso resistir e defender os postos de trabalho!
Alegando necessidade de reestruturação, a administração da SPAL está a forçar alguns dos seus trabalhadores com dezenas de anos de dedicação à empresa, experientes pela sua longa permanência no sector, a rescindirem o contrato de trabalho.
Já não bastavam os magros salários agora, a administração da empresa, quer despedir a baixo custo, sugerindo a alguns trabalhadores que rescindam por valores abaixo do estipulado por lei.
Esta táctica é de mais conhecida, assim tem acontecido noutras empresas do ramo. Mas importa perguntar, quando havia lucros e boas condições financeiras a administração da SPAL distribuía os lucros pelos trabalhadores, dando-lhes bons salários?
Claro que não!
A verdade é que sempre que aparecem dificuldades, os primeiros a quem pedem sacrifícios é aos trabalhadores e a receita é sempre a mesma: lançar no desemprego dezenas ou centenas de trabalhadores como aconteceu na SECLA.
Cada um sabe o quanto é difícil hoje, fazer face à vida e, a força de trabalho é a única coisa que os trabalhadores têm para vender e, por isso, merecem receber um valor justo para poderem sobreviver.
O trabalho é um direito consagrado na Constituição da República, não é uma dádiva de ninguém e muito menos um favor.
Os trabalhadores não são obrigados a aceitar as condições impostas pela administração para a rescisão.
O que a empresa está a fazer exige a intervenção urgente da Autoridade para as Condições de Trabalho.
O PCP alerta os trabalhadores para que não se deixem enganar nem pelo patronato, nem por um falso sindicato e pseudodirigentes ao serviço do patronato, que funciona como uma espécie de abutres e, que a sua principal função é vender dos direitos dos trabalhadores. Assim tem acontecido noutras empresas. Disso, foi exemplo há bem pouco tempo, a SECLA.
O que os trabalhadores necessitam é de alguém que defenda verdadeiramente os seus interesses e direitos.
É fundamental que os trabalhadores se unam e se organizem nesta tão difícil situação que estão a viver, e lutem pela defesa dos seus direitos e dos seus postos de trabalho. Que os trabalhadores não esqueçam, primeiro vão os mais velhos e, quando não houver mais velhos, vão os que ficaram, sendo por isso fundamental a unidade, a resistência e a luta.
O PCP apela aos trabalhadores que resistam a esta manobra do patronato que mais não pretende do que jogar com as dificuldades dos trabalhadores, obrigando-os trocar o posto de trabalho por meia dúzia de euros, muito longe daquilo a que têm direito.
O que os trabalhadores devem exigir é o posto de trabalho com direitos e melhores salários. Se a empresa quer despedir, ela que assuma a responsabilidade e que cumpra a lei.
O Partido Comunista Português está ao lado dos trabalhadores e disponível para ajudar, no que estiver ao seu alcance.
Podem contar connosco!
Marinha Grande, 20 Outubro de 2008
A DORLEI do PCP