quinta-feira, 21 novembro 2024

Nota de Imprensa da Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP

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Reuniu dia 3 de Abril pela primeira vez, a nova Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP.

Nesta reunião a DORLEI do PCP debateu e aprovou uma resolução sobre a organização do Trabalho de Direcção e elegeu os seus organismos executivos, compostos pelo Secretariado (5 membros) e pelo Executivo (14 membros).

A DORLEI debateu, também, as questões relativas à situação política e social, registando com grande preocupação, o prosseguimento do ataque do governo contra os serviços públicos e funções sociais do Estado.

O anunciado objectivo de encerrar escolas do 1º ciclo em quase todos os concelhos do distrito, como são exemplo Pombal e Alcobaça, procura iludir as populações com a falácia da qualidade dos grandes centros escolares (ainda por construir), e terá como consequência o desenraizamento das crianças, do seu meio.

A DORLEI do PCP alerta as populações que o sucesso escolar passa por escolas de qualidade e proximidade da suas áreas de residência.

Nesta avalanche economicista, as denominadas “reestruturações”, não representam outra coisa senão o fecho de serviços. São exemplo o encerramento do SAP Bombarral e as tentativas na Marinha Grande, Nazaré e na Urgência Hospitalar em Peniche.

O processo de “reestruturação” das forças de segurança que na prática significará menos efectivos e menos polícia de proximidade.

Todos estes exemplos são reveladores do desprezo com que o governo do PS trata as populações e os seus direitos constitucionalmente consagrados.

A DORLEI saúda os milhares de populares que de forma determinada disseram NÃO ao encerramento da urgência hospitalar de Peniche.

A DORLEI destaca também o agravamento da situação social dos trabalhadores. A precariedade aumenta, tendo-se tornado em muitos sectores de actividade como a marca principal na relação laboral. A recente aprovação pela direita e o PS da Lei do Trabalho Temporário, demonstrando mais uma vez a natureza de classe do governo, constitui um enorme retrocesso e aprofunda a cada vez maior fragilidade do Trabalho face ao Capital.

Neste quadro, a DORLEI relembra que ao mesmo tempo que, centenas de trabalhadores no distrito estão com salários e subsídios em atraso e a trabalharem, sem receber, para além das horas legal e contratualmente estabelecidas, patrões sem escrúpulos vivem faustosamente.

Em pleno século XXI e à beira do 33º aniversário do primeiro 1º de Maio em liberdade, em que a luta pela redução da jornada de trabalho e o aumento dos salários é a sua marca de ouro, o patronato com o beneplácito do governo procura por todos os meios aumentar a jornada de trabalho, agravando assim as condições de exploração.

A DORLEI do PCP, alerta desde já os trabalhadores para a tentativa do governo de, em nome da “modernidade” e da “eficácia” da economia, e tal como está a tentar na Administração Pública, liberalizar os despedimentos no sector privado, aplicando a chamada flexigurança, velho sonho do capital nacional.

A DORLEI destaca a luta dos trabalhadores da SOMEMA e saúda todos os trabalhadores que lutam pelos seus direitos, pela melhoria dos seus salários e pelo direito e acesso a serviços públicos de qualidade, universais e gratuitos.

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