Comício com Francisco Lopes
Antes das intervenções houve um momento de animação onde foi evocado o decreto lei de 1927 que extinguia os partidos políticos e onde foi salientado que o único que resistiu a essa determinação fascista foi o PCP tendo a partir desse decreto iniciado uma longa noite de clandestinidade que durou até ao radioso 25 de Abril.
Depois foi projectado um pequeno documentário sobre a papel do PCP na sociedade portuguesa ao longo dos últimos 90 anos. Nele foi possível ver como a sua acção de mobilização e organização das massas populares foi determinante para o 25 de Abril ter não só sido possível como ter sido um verdadeiro processo revolucionário.
Seguiram-se depois as intervenções. O camarada Saul Fragata abordou os problemas do distrito e demonstrou como as políticas de direita levadas a cabo pelos governos do PS, PSD e CDS tem sido a principal causa desses problemas. Também os camaradas da JCP, Carlos e Joana e Botas, abordaram as dificuldades que essas políticas causam aos jovens no distrito, quer sejam trabalhadores quer sejam estudantes.
Coube ao camarada Francisco Lopes a intervenção final tendo nela demonstrado como o capitalismo não é o fim da história e como pelo contrário se revela como um obstáculo ao desenvolvimento da humanidade, sendo causador da cada vez mais desigualdade social.
Denunciou como a lógica do capitalismo empurra a humanidade sempre para a guerra, a exploração dos povos e dos seus recursos fazendo até perigar a sobrevivência do planeta.
Destacou também a demissão do governo que deixa uma herança de 800 mil desempregados e a oportunidade que o povo português, os jovens e os trabalhadores têm de mudar o rumo dos acontecimentos através de uma forte participação nas eleições legislativas que se avisinham "penalizando com o voto as desastrosas políticas de direita que conduziram Portugal à situação em que se encontra, com a produção nacional completamente destruida, o desinvestimento na agricultura e nas pescas e falta de prespectivas para o futuro".
Nesta lógica focou a necessidade do reforço do Partido e da CDU nas próximas eleições como forma de se criarem condições para forçar a rotura de esquerda com estas políticas que estão a tornar o país como nação soberana inviável.