NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA
A gestão da Câmara PS/Raul Castro/CDS, sem que tivesse qualquer destes responsáveis apresentado alguma proposta de privatização na campanha eleitoral, vem agora, sob o falso pretexto das dificuldades financeiras, querer, pela via da concessão por trinta anos, privatizar a gestão da água em Leiria, entregando-a de mão beijada aos grandes interesses que se movimentam neste sector de fartos lucros garantidos sem esforço.
A privatização da água decorre apenas da força do negócio poderoso que está em causa e não por qualquer outra razão. Quem conhece a opinião do Presidente da Câmara, Raul Castro, sabe que o seu objectivo de privatizar a água não é de hoje.
O negócio privado vai querer os maiores lucros possíveis à custa das populações, reduzindo ao máximo os custos. Este modelo é inimigo da poupança e do equilíbrio ambiental.
Diz-nos a experiência de outros concelhos e do estrangeiro que a privatização normalmente representa:
aumento substancial a prazo do preço dos escalões mais baixos que atingem a generalidade da população e do pequeno comércio;
degradação das condições higio-sanitárias para as populações de menores recursos;
aumento sensível dos custos para os clubes desportivos;
prioridade ao abastecimento dos grandes consumidores em detrimento das famílias, degradação do serviço e das infra-estruturas nas zonas de menores consumos;
menos investimento nas infra-estruturas e laboratórios e menos análises à água;
menos preocupações ambientais;
incentivo ao consumo como forma de aumentar o volume de negócios;
promoção do desperdício por grandes consumidores devido à diminuição ou eliminação dos escalões mais elevados;
degradação dos direitos e das condições laborais na entidade gestora.
A Holanda aprovou uma lei que delimita ao sector público a prestação de serviços de abastecimento de água e, há poucos dias, a Itália, por cerca de 95% dos votos em referendo, recusou a privatização da água.
A água, fonte da vida, é um bem estratégico e um direito de todos, não pode ser um negócio de alguns
Quase pela socapa, à revelia dos interesses da população e do desenvolvimento do concelho, como quem apunhala pelas costas o povo que deveria representar, o PS/Raul Castro e o CDS servem de agentes de interesses privados que querem os lucros chorudos proporcionados por este negócio e, com base em pretextos falaciosos, querem decidir na sessão de 30 de Junho da Assembleia Municipal (21 horas, Pavilhão do Souto da Carpalhosa) a privatização da gestão das águas em Leiria.
A BEM DE LEIRIA, ISTO TEM DE SER IMPEDIDO!
CONTRA A VENDA DA ÁGUA, A ASSEMBLEIA MUNICIPAL deve dizer não!
Leiria, 27 de Junho de 2011