Comissões Concelhias

Partido Comunista Português saúda calorosamente a luta dos trabalhadores da empresa Gallo Vidro

Escrito a .

1

 

O Secretariado da Comissão Concelhia da Marinha Grande do Partido Comunista Português saúda calorosamente a luta do trabalhadores da empresa Gallo Vidro e o êxito da Greve, com uma adesão de cerca de 100% na área da produção.

O PCP considera muito justa a Greve realizada pelos trabalhadores entre os dias 5 e 7 de Março, pelo aumento dos salários e por 25 dias de férias e destaca a unidade e firmeza demonstrada pelos trabalhadores, em torno da sua organização sindical.

Lembramos que a empresa há três anos atrás recusou o aumento dos salários justificando razões financeiras, negociou um aumento salarial para 3 anos, com o acordo dos trabalhadores, que acreditaram na palavra da administração da Gallo Vidro. Para além disso, mantém dezenas de trabalhadores em situação precária, que ocupam postos de trabalho efectivos na empresa, pagando muito menos salário, direitos e outras remunerações.

Ora para surpresa de todos, a empresa, que estava em sérias dificuldades financeiras e que não podia aumentar os salários dos seus trabalhadores, que não pode dar a estabilidade que o vínculo efectivo de trabalho consagra, gastou 250 milhões de euros (capital acumulado a partir da riqueza criada pelos trabalhadores) na compra da Santos Barosa. Esta vergonhosa situação confirma que são os trabalhadores que produzem a riqueza, mas não são pagos por aquilo que produzem, porque grande parte é apropriada pelo capital, neste caso pela administração da Gallo Vidro. No entender do PCP impõe-se o aumento dos salários, melhores condições de trabalho, emprego com direitos e horários dignos. Mais salários significa uma justa distribuição da riqueza criada, melhores condições de vida para os trabalhadores, mais receitas para a segurança social, a garantia de melhores reformas e pensões, significa mais estímulo ao crescimento económico, ao emprego e ao desenvolvimento.

Sucessivos governos do PS, PSD e CDS alteraram para pior a legislação laboral, designadamente no trabalho extraordinário, nos dias de férias, no direito à reforma, no apoio aos desempregados, nos horários. Incluíram a norma da caducidade das Convenções Colectivas para pôr em causa os direitos que estas consagram e permitiram que haja condições laborais piores que a lei.Impõe-se a eliminação das normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente com a eliminação da caducidade garantindo que um Contrato Colectivo de Trabalho só pode ser substituído por outro CCT e a reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador.

O Secretariado da Comissão Concelhia

Marinha Grande, 12 de Março de 2018

                    

                    

Imprimir